segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"Não são 500, são 704 em dois meses", diz Edilson Silva sobre mortes no HR

"Não são 500, são 704 em dois meses", diz Edilson Silva sobre mortes no HR

Chico Farias / Folha de Pernambuco
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Pesadas críticas à atuação do Governo do Estado em saúde, educação e segurança pública marcaram o tom das afirmações do candidato ao Governo do Estado, Edilson Silva (PSOL), em entrevista concedida à Rádio Folha FM, 96,7. O socialista mais uma vez tratou da polêmica em torno do número de mortes ocorridas no Hospital da Restauração, a maior emergência do Estado."Eu disse anteriormente que haviam morrido 500 pessoas na Restauração. Eu errei. Na verdade são 704 em apenas 2 meses. Interpelei o diretor do HR na justiça. Quero saber se houve negligência.O governador não fala e eu tive que entrar na justiça para poder ver o livro de óbitos", atacou Edilson, que disse ter perdido o pai em 2006 por falta de atendimento médico no Hospital Agamenon Magalhães.

O candidato também atacou o que chamou de privatização - ao contrário de terceirização - dos serviços de saúde, e afirmou que os investimentos do Estado em emergências vem "desidratando" os PSFs (Programas de Saúde da Família), que cuidam dos atendimentos primários à população. "Tem que ter médico e enfermeira, a doença tem que ser freada ali, para reduzir a demanda por hospitais. Antes de Eduardo construir os 3 novos hospitais, tínhamos 800 leitos desativados. O que o governo fez foi uma excrescência. O que falta é material humano, temos que investir na carreira dos médicos, garantindo concurso público", defendeu, dizendo ter sido abordado por uma pessoa interessada em sua intervenção para pleitear uma vaga em uma UPA.

"O saneamento básico vem retrocedendo nos últimos anos, não podemos sair construindo hospitais sem fazer um diagnóstico da população. É necessário planejamento para atendimento de média e alta complexidade. Não adianta gastar dinheiro com emergências se a população continua adoencendo por conta do esgoto", criticou.

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